Tô carente.
Tô carente de você.
Da alienação gostosa que você me causa,
Cada vez que me preenche com sua dúvida
Em tese sútil, sempre curiosa.
Tô cansado.
Cansado de ceder e esperar de mais,
De quem sempre será de menos.
Tô cansado de confiar, cansado de acreditar.
Mas tô aqui.
Tô sedento, tô revoltado, tô e não tô.
Sou e não sou.
A confusão que me toma vai além de você,
Mas tem seu nome como raiz principal.
Tô exausto ao meu modo,
Mesmo que o ritmo ainda me embale,
Mesmo que a música ainda me tome,
Mesmo que algo em mim, ainda reclame.
Entenda meu pedido de socorro,
Afaste-se ao menor comando,
Se for pra ser menor do que o nada,
Não o seja.
Não fique.
Não diga.
Se de todo o resto me afasto, não se iluda...
De você, também estou farto.
Minha carência brota da saudade,
Da incompreensão, do vazio
E principalmente do "não" estampado na sua boca
Que enquanto beija a minha, deseja muitas, muitas outras.
SSh - K
Poema retirado do blog Albatroz Humanizado, com autorização da autora. Obrigada pela disponibilidade, K!
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