Quem conta um conto #7: Redescobrindo a liberdade

"Quando sentir saudade, olhe para o céu!"

Título da obra: O Voo da Estirpe
Autor: Adriana Vargas
Editora: Modo (2012; 226 páginas)
Sinopse: Um encontro entre a vida e a morte, e entre s dois pólos, a presença milagrosa do amor - tudo passa a fazer sentido...
Clarice, solitária e questionadora, conhece Klaus através de um pesadelo. De repente, ele passa a persegui-la em todo os lugares, denotando ao livro, um cunho de mistério e sensações intrigantes. 
Um livro rico em sentimentos que fará o leitor rir, chorar, suspirar e odiar durante toda a leitura.
Uma afronta aos conservadores. Uma luz no final do túnel!
Este é o primeiro livro da série - O Voo da Estirpe.

Resenha: Narrado em primeira pessoa, o livro é exatamente o que diz a sinopse, dispensando qualquer palavra minha para descrevê-lo, mas, mesmo assim, vamos lá!
 Clarice é uma pessoa como qualquer outra. Poderia ser eu, você ou qualquer outro conhecido. A personagem se priva de suas escolhas por medo de represálias, olhares a censurando. Solitária e com medo de arriscar, diversas vezes podemos nos comparar a ela. Quantas vezes, com medo de sermos julgados, não deixamos de nos expressar? E conforme a história se desenvolve, Clarice vai desapegando do julgamento alheio, pois a companhia de Klaus que surge de repente em sua vida, a influencia a isso. Ele a ensina a ser feliz, ser livre. E a liberdade não é igual para todos, o que é ainda mais maravilhoso! O livro, discretamente, nos passa essa escolha: seja feliz, seja dançando sozinho, caminhando sem sombrinha em dias chuvosos, ou tomando um sorvete. Fazer coisas pequenas que lhe dão prazer é a verdadeira liberdade. 
A narrativa é sensível e a relação entre Klaus e Clarice profunda e intensa, rica em sentimentos e descobertas. É uma obra que me fez refletir e suspirar mesmo depois de terminada a leitura. Quanto à sua finalização, fica a pergunta: onde está Clarice, agora? Até o momento não sei dizer e, bom, temos mais dois livros pela frente, mas uma coisa é certa: ela está livre.

E você, tem uma obra igualmente libertadora para me indicar? ;3